Alfabetização:
um repensar constante!
A língua escrita faz parte do mundo em que as crianças vivem, está presente em
casa, na rua, no colégio, na aula.
Por
Aldrey Denise de Freitas
08/04/2010
08/04/2010
Apesar da
escola ter aumentado suas taxas de escolarização nos últimos anos, alfabetizar
os alunos ainda é um dos maiores desafios da educação. As contribuições
advindas das áreas educacional, sociológica, psicológica, linguística entre
outras, apontam que o fracasso escolar não pode estar condicionado somente ao
aluno, mas também à escola, na medida em que desloca o eixo da discussão de
como se aprende, para como se ensina.
Muitos
estudos têm sido feitos sobre como as crianças aprendem a ler e a escrever e a
cada dia comprova-se que elas pensam no texto escrito muito antes do que se
imagina . A língua escrita faz parte do mundo em que as crianças vivem, está
presente em casa, na rua, no colégio, na aula. Segundo Emília Ferreiro, a
escrita é importante na escola, porque é importante fora dela e não ao
contrário.
Ao
participar dos contextos sociais de produção e da interpretação da língua
escrita, a criança espontaneamente a explora, reflete sobre ela e inicia a
reconstrução dos princípios que a regem. Tudo isto constitui uma bagagem de
saberes a partir da qual a criança vai construindo o conhecimento da leitura e
da escrita e, à medida que vai operando com elas, seu funcionamento vai sendo
compreendido. O ensinar a ler e a escrever deve estar associado às situações e
atividades que tenham função e um sentido reconhecidos pela própria
criança e pela comunidade a que ela pertence.
Cabe à
escola, um repensar constante sobre o processo de alfabetização, tanto no que
refere-se às concepções de ensino e aprendizagem realizados em situações
reais, com função social concreta , quanto no investimento na formação
continuada do professor. Pois o educador que freqüentemente repensa-se
enquanto sujeito mediador do processo de construção de conhecimento, está
atento e sensível a reconstruir sua práxis, estabelecendo conexões entre a
experiência e a conceituação, entre a teoria e a prática.
A questão
principal não é tentar encontrar um método, que por si só, garanta sucesso
total na alfabetização, mas discutir metodologias, pois aprende-se a ler e a
escrever de diversas maneiras.
Aprende-se
melhor quando é possível vivenciar, experimentar, sentir; ao interagir com os
outros e com o mundo.